Cada vez que sai à venda um novo produto tecnológico se
produz uma lógica efervescente entre os consumidores. De fato, esse tipo de
reação chama muito a atenção e acaba rapidamente sendo destaque nos meios de
comunicação. São geralmente os celulares e os chamados tablets os mais requeridos em termos de renovação constante e
inovação acelerada.

A pergunta que deve ser feita hoje é o que leva um cidadão
comum a trocar seu aparelho celular a cada 6 meses ou seu computador a cada
ano. Em todo caso, os beneficiários das novas funções de cada artefato são
aproveitados pelos eruditos, seja por qualquer aparelho que seja. Dá-se a
impressão de que estamos distraídos, tontos, considerando fundamentais questões
irrelevantes, superficiais. O mais preocupante é a evidência de que não se
acalmará essa euforia de renovações tecnológicas constantes, muito pelo
contrário. Talvez esteja chegando o tempo em que o diálogo deixará de existir,
salvo que seja por trabalho ou mesmo pelo prazer de usar um tablet ou o celular de último modelo.
Cada vez mais isolados, cada vez mais incomunicáveis. Se tivéssemos um destino
para onde ir, isso se justificaria. Contudo, há cada vez menos caminhos que se
unam, e são caminhos cada vez mais paralelos. Máxima velocidade, destino
incerto... Um despropósito.
> texto de Gastón Recondo para InfobaeAmérica
[traduzido]
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