sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Cotas no Brasil: minimizando nossa janela


Nos EUA, a cultura ensina os estadunidenses a cursarem o ensino básico em escolas públicas e o nível superior na rede privada. Enquanto os alunos frequentam o ensino básico público, seus pais estão juntando dinheiro para bancar a faculdade deles. No Brasil a situação é contrária. A educação básica – Ensinos fundamental e médio – é de maior excelência nas instituições privadas. Os que não têm condições de bancarem são obrigados a ficar no ensino público, que o próprio governo federal deflagra por meio de suas políticas educacionais, como a de inclusão de cotas para o ingresso nas universidades federais, ou seja, uma autoafirmação da fragilidade do ensino público; e adotando índices pífios que avaliam a qualidade educacional, como o Ideb, por exemplo, em que as notas esperadas pelo governo como meta são baixíssimas (e este índice não é representativo, já que é obtido pela aplicação de provas de um nível nada significativo [digo isso por experiência própria] – a “Prova Brasil” – e de forma amostral).

A presidente eleita nas eleições de 2010 sancionou uma lei que reserva metade das vagas em instituições de ensino superior federais para quem cursou todo o ensino médio (os três últimos anos da educação básica) no ensino público. Dessa metade de vagas, 50% (ou 25% do total geral) serão destinadas a alunos de escolas públicas que tenham renda per capita familiar de até R$ 933, e a outra metade a negros, índios e pardos. O governo garante que dessa forma o país dará a seus universitários uma distribuição mais igualitária equalizando a estrutura socioeconômica e “racial” do país. A mesma distribuição vale para os Institutos Federais.

Contudo, o que de fato acontece é que essa medida é falha para a tentativa de estabelecer um país mais democrático. A democracia baseia-se na igualdade dos povos, raças, cores, etnias etc., e as cotas “raciais” trazem um caráter exatamente contrário a isso. O país mais miscigenado do mundo atribui as cores do seu povo com sua capacidade intelectual, um erro imperdoável. Ter direito à universidade não é ter pena de quem é discriminado pela sociedade. Ter direito à universidade é favorecer o ingresso a ela a quem tem empenho e dedicação, e que por conta dessas características (e não pela cor da pele) alcança o direito de matrícula em uma instituição superior de ensino pública.

A única maneira de evitar a desigualdade na distribuição de vagas nas instituições públicas de ensino superior é investir na educação básica, para que esse nível de ensino seja de qualidade e dessa forma não haver necessidade de implantar esse tipo de política educacional. Mas para se chegar a isso é necessário não só ter escolas boas; há uma série de outros fatores que estão envolvidos com o desempenho escolar dos estudantes, e o meu destaque é para a família. Famílias estruturadas e bem instruídas criam filhos bem instruídos que terão famílias bem estruturadas, mas para garantir isso é necessário uma escolarização dos pais para instrução e qualificação profissional para emprego, o que garante o sustento da família. Nisso está incluído a condição de garantir uma boa alimentação, moradia, gastos com transporte, energia, água etc.

A verdade é que todos os pilares que sustentam uma condição de vida digna da sociedade não podem ter tamanhos diferentes. Todos os aspectos, seja ele educação, emprego, saúde, transporte, segurança, se conectam de maneira igualitária a uma estrutura que precisa de uma boa base. Sem segurança evita-se de sair de casa. Sem sair de casa não se trabalha, não se vai à escola, ao hospital. Sem trabalho não tem comida na mesa. Sem comida e sem ir à escola, não tem como aprender. Sem aprender não existe qualificação. Sem qualificação não há emprego. Sem emprego não se compra. Sem poder de compra não dá para comer, beber etc. E mais etc e etc. O ciclo é fechado e precisa de um conteúdo de qualidade para dar certo. Precisamos das nossas garantias constitucionais, nossos direitos. Mas como esse direito por muitas vezes é negado pelo Estado, o próprio poder público inventa uma maneira de minimizar as coisas, mas como nos computadores, a janela que é minimizada continua ali, basta um clique para ela reaparecer, e esse clique pode ser ocasionado pelo caos que poderá ser causado por essa política [ridícula] de cotas. A tendência é aumentar a evasão escolar nas universidades e ocorrer um boom de matrículas em faculdades privadas. Sem conteúdo suficiente para acompanhar o ritmo do nível superior e sem condições financeiras de bancar gastos com o curso [por mais que não há pagamento de mensalidade, há gastos significantes para se manter num curso de ensino superior, e os auxílios como os oferecidos pelo Sistema de Inclusão Social (SIS) da UFES, por exemplo, não são suficientes], o estudante tenderá a abandonar a instituição, menosprezando (não por culpa dele) o “empenho” do governo em garantir sua vaga na universidade. E por outro lado, a porção que perderá suas vagas por não ter cursado o ensino médio em escola pública e por não ser negro, índio ou pardo, pagará uma universidade privada, o que não necessariamente é ruim, mas nem sempre quem estuda em escolas particulares no ensino médio pode ser tachado de “rico”; há casos de bolsas de estudo ou mesmo um esforço imenso da família em manter o filho em uma escola particular visando uma educação de maior qualidade a ele [já que essa família sabe que em escola pública a realidade é outra, e sabe por que tem instrução; voltamos, portanto, na questão do destaque da família abordado anteriormente].

É verdade que as escolas públicas estão melhorando a qualidade e há sim a possibilidade de casos de melhor desempenho de alunos de escola pública em relação a alunos da rede privada no ENEM, por exemplo. Mas não é novidade que a rede pública não oferece os mesmos recursos para seus alunos terem condições de ativar todo seu potencial que a rede privada.

A respeito da imagem que mostra uma garota com o cartaz escrito “Quer uma vaga? Passe no vestibular”, não concordo. É claro que as pessoas têm capacidade de conseguir o que querem a partir de seu esforço, mas não há a mínima condição de um pré-vestibulando passar no vestibular se ele não tem sempre o que comer; se ele não tem condição de se deslocar da casa para a escola e da escola para casa; se a escola não oferece o ensino propício para ele ter conteúdo suficiente que o permite garantir sua vaga na universidade; se ele tem uma família desestruturada ou sequer tem uma família; se ele é obrigado a trabalhar para ajudar no sustento do lar e tomar conta da casa, dos irmãos etc. A escola tem como princípio a questão social, e é a família a base que sustenta uma sociedade bem estruturada.



Por isso e por fim, deixo explícito a minha proposta, que é a adoção de políticas voltadas à família. Pensem nisso!

19 comentários:

  1. Quanta gente branca nessas fotos postadas em...

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    1. Sabe o que é engraçado. Há tantas campanhas contra o preconceito racial, mas quando falam de cotas, os mesmos negros que lutaram a vida inteira por igualdade racial, concordam sem ao menos indagar esse tipo de imoralidade. São taxados como seres pobres e de baixa intelectualidade.
      É óbvio que não há negros nas fotos. Eles podem aproveitar essa oportunidade de entrar pela porta dos fundos no ensino superior, e estão aproveitando isto. Nada mais justo à todos não é...

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    2. Pegue QUALQUER branco do Brasil e pegue o seu GENOMA verá que 99% tem descendência NEGRA...

      Quero só ver o dia que esses exames forem acessíveis, o kra branquelo, loiro de olho azul, com o exame na mão e ter que entrar por cota de negros, será ilário.

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  2. Uma vergonha esse sistema de cotas... É a forma lícita de se descriminar, dizendo que a etnia "X" é menos capaz cognitivamente do que a etnia "Y". O que me irrita profundamente nisso tudo é a hipocrisia das instituições que dizem lutar pela igualdade de direitos entre as etnias, pois poucas ou nenhuma se manifestou/manifesta contra essas cotas. Algumas têm a capacidade de dizer que isso é "compensação". Eu quero saber: "compensação" pelo quê? Pelos anos de sociedade escravocrata? Mostrem-me um escravo que ainda viva, (pelos meus cálculos, de 1888 a até hoje, essa pessoa deve ter uns 124 anos). Ou será pelo que mais essa "compensação"?...
    A única forma de cotas universitárias que sou a favor, são cotas para alunos pobres que têm desejo de uma vida melhor. Cotas para quem não pode pagar as taxas de um ensino superior; seja este alguém da etnia que for.
    Infelizmente, a corrupção no Brasil não está apenas no Senado e nas demais esferas político-administrativas, mas também no cidadão brasileiro que defende, por exemplo, programas como esse das cotas, unicamente por ser beneficiário. (há claro, a exceção. Pessoas que seriam beneficiadas, mas que são extremamente contra).

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  3. Oi Ronald mas e ai?... como resolver?...vc afirma ao fim que espera uma solução via reestruturação familiar mas qdo isto ocorrerá...deixaremos o barco andar e mais e mais o problema se aprofundar.
    As cotas são sim uma medida polêmica, mas são uma solução emergencial, e que deve ser sim temporária, mas o quão temporária será só com o passar de alguns anos é que poderemos dizer.
    Resultado de avaliações de estudantes cotistas há algum tempo atrás na UERJ mostravam bons resultados.
    mas vou parar por aqui pq nao acho q esta msg vai mudar o q tu pensa... ia escrever mais mas desisti... não será por um texto q mudará. Sugiro que fique uma semana, mas melhor seria um mês ou ano numa escola pública e veja vc mesmo.
    Todo pessoal da classe média e alta que diz que a educação que tem de melhorar não se mobiliza por isso...mas já se mobilizou para reclamar de serviços... são afinal bons consumidores mas não bons cidadãos.
    bom, eu faço o meu, passei sem cotas mas pq tive bolsa a vida toda numa ótima escola particular de Vitória já fechada.
    mas ok vamos esperar um outro mundo para que a mudança familiar ocorra... e pelo que vc acha neste meio tempo nada de cotas e fiquemos a esperar.
    abraço Flávio - professor rede estadual de ensino ES

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    1. [parte 1]
      Olá Flávio.
      Pois bem.. eu tive toda a minha vida escolar na rede particular de ensino com exceção do último ano do Ensino Médio, o 3º ano, quando cursei em uma escola pública estadual de Vitória. Nessa experiência (apesar de apenas um ano) pude observar os contrastes da realidade da escola privada e pública.
      De fato, há sim possibilidade de estudante de escola pública concorrer de maneira igualitária com os "filhos do ensino particular", porém, isso (se sucede) em termo de conteúdo (de acordo com o que vi onde eu estudei). No português há uma deficiência generalizada do aluno de escola pública. Eles (repito, a maioria) não têm um vocabulário suficiente para expressar bem suas ideias por meio da escrita [talvez uma cultura de leitura resolveria] e têm uma dificuldade grande em termos de coerência, acentuação, encadeamento sintático e até separação de sílabas. E ter uma boa relação com o português é indispensável para um bom rendimento no vestibular, como você deve bem saber!
      É claro que isso não é culpa do professor, muito pelo contrário, foi na escola pública que eu tive a melhor professora de português que me deu aula. Falta comprometimento do aluno, e uma das causas é justamente social, ou seja, começa antes do aluno ir à escola; começa na casa dele. É por isso que relevo a importância da família.
      Não vejo uma ocorrência significativa de preocupação da classe média e muito menos da classe alta para melhorar a educação. E para piorar, a classe mais baixa (talvez por falta de instrução) se acomoda com a situação, principalmente nesse momento de "bolsa tudo" em detrimento das ações do governo Lula. Isso promove uma acomodação maior ainda, e como se não bastasse, essa classe exalta o ex-presidente Lula por essa esmolas, ou melhor, bolsas (que ajudam, mas não são suficientes. Há uma necessidade de uma política de caráter estrutural e não assistencialista).
      Também acredito que um texto não mudará as coisas, mas com o acesso cada vez maior das pessoas à internet, quem sabe uma parte delas se interessa e fique atenta ao assunto e comece a questionar as coisas!?

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    2. [parte 2]
      Como você fez questão de destacar, eu também fiz a minha parte e passei na Ufes sem cotas; e fui testemunha de pessoas que poderiam ter passado por meio das cotas mas não adentraram ao sistema devido ao custo dos documento que teriam que tirar para poderem conseguir o direito delas [Obs.: você mesmo é um exemplo segundo qual eu abordei no meu texto, de alguém que (provavelmente) não tem/teria condições de bancar uma escola particular mas que por conta de bolsa fez parte do corpo discente de escola privada, e que talvez APENAS por conta disso conseguiu um nivelamento suficiente para conseguir entrar na universidade pública federal, conforme você mesmo disse em "passei sem cotas pq tive bolsa"].
      Sobre "vamos esperar um outro MUNDO para que a mudança familiar ocorra", talvez você esteja certo; seria necessário uma mudança muito grande na organização familiar do país, principalmente se tratando de Brasil, mas nossas taxas (seja fecundidade ou mesmo todo o conjunto da estrutura da população observada na pirâmide estária), mostram que essa mudança está acontecendo.

      Mais: "mas e ai? ... como resolver?" Quem sou eu para responder a esta pergunta e sua prática gerar resultado!? Apenas quis abordar a questão que acredito que está no circo da coisa e gerar uma opinião a partir da análise que eu próprio fiz! E se for para tomar uma iniciativa emergencial, que não seja discriminatória (me refiro às cotas). Talvez eu não tenha deixado claro, mas eu sou a favor sim das cotas como medida tenporária, assim como você bem disse, mas apenas para a questão socioeconômica, que não se trata nem de o aluno estudar em escola pública, mas de ter condição ou não de escolher se estuda ou não em escola pública.

      No mais, agradeço por ter lido meu texto e comentado. Acho bacana e importante a discussão de assuntos que têm importância para a sociedade (eu, pelo menos, acho que tem!). E gostaria, caso queira, que você colocasse sua opinião a respito da questão racial das cotas.
      Até mais!

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  4. Ainda acho cedo tal discussão... Esperarei este pessoa que tá estudando por tais cotas se formar e começar a assumir escalões da máquina do Estado.

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  5. É muito fácil . . . basta criar classes para os "cotas" e outras classes para os normais. Se a lei é discriminatória as salas também devem ser.

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  6. A fundamentação REAL das cotas pouco ou nada tem a ver com igualdade para todos. Antes, é apenas o modo mais barato (não custará absolutamente nada ao governo) e de quebra mais impactante para impressionar a classe média/baixa, de modo a aumentar a popularidade do governo nessas camadas sociais. O resultado? Me parece meio óbvio, em pouco tempo as universidades federais, umas das poucas instituições governamentais que possuem prestígio e oferecem um serviço de qualidade, serão reduzidas ao nível de qualidade de ensino ofertadas pelas escolas públicas. Algumas faculdades tradicionais, como direito e administração, por exemplo, já possuem como referência cursos ofertados em instituições particulares. É apenas questão de tempo até que essa tendência se concretize para as demais faculdades. Na minha singela opinião a merda já foi feita, acredito que em breve veremos as universidades federais tão desacreditadas quanto os demais níveis de educação oferecidos pelo governo. Aí a solução será qual? adivinha que eu dou um doce... Cotas para concursos! Quero estar errado, mas pessimista (ou realista, sei lá) como sou, não duvido que essa ainda possa vir a ser a realidade do Brasil daqui a algum tempo, caso o governo não tome decisões que irão fazer de fato a educação melhorar.

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  7. Brancos sempre tiveram cotas no Brasil, basta você que é branco disputar uma vaga de emprego com um homem negro de curriculo muito maior que o seu e você vera isso. O governo esta abrindo cotas não é por falta de intelectualidade das pessoas negras,mas sim pela preferencia do homem branco de ceder emprego a outro branco. No momento que tiver negros suficiente como chefes e gerentes de grandes empresas hávera também preferencias para negros trabalharem nestes locais, só então estas cotas não serão mais necessarias. Para quem não sabe foi assim que um Negro virou presidente dos Estados Unidos, John Kennedy em 1960 criou cotas para negros nas universidades americanas.

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  8. Pesquisas feitas nas Universidades comparando alunos cotistas e não-cotistas comprovaram que os alunos que ingressaram por cotas tem rendimento igual ou melhor que os alunos que ingressaram pelo sistema universal. Isso numa das Universidades que tem o vestibular mais difícil: a UNB. Prova realizada pelo CESPE, com sistema anti-chute de uma questão errada anula uma questão certa. Provas interdisciplinares e com um sistema totalmente diferente das provas de outros vestibulares, que prezam pelo senso crítico. Falo isso porque fiz 2 vestibulares para lá, e fui aprovado.

    Só se resolve esse problema da educação com a educação. Mas antes da pessoa ingressar no ensino básico. Estudei a vida toda em escola pública, e passei no vestibular.
    Mas não é por isso que deixarei de concordar com as cotas, principalmente raciais. É óbvio que numa disputa de emprego o branco tem uma grande vantagem (quem disser que não, precisa abrir os olhos, talvez não viva no mesmo país que eu). Quem estudou a vida inteira em escolas boas, logicamente vai querer acabar com as cotas. Afinal, estão tirando uma chance dele entrar na Universidade. Isso demonstra o espírito coletivo das pessoas. Se algo for para beneficiar a coletividade e reduzir os seus benefícios, logo a pessoa se posiciona contra.
    Defendo cotas para alunos de baixa renda sim! E para negros sim! Talvez não numa porcentagem tão alta. Isso selecionaria os melhores alunos da escola pública, e não qualquer um. Tenho inclusive amigos, bastante estudiosos que não conseguiram passar no vestibular para o curso que gostariam. Há vestibulares que o aluno tem muito mais dificuldade se não pagar um cursinho pré-vestibular.

    Engraçado é que nessa greve das universidades só se falou em aumentar o salário dos professores. E nada de haver uma greve apenas pra melhorar a estrutura das Universidades. Enquanto o povo não lutar por melhorias na educação, COTAS SIM!

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  9. JOAQUIM BARBOSA é NEGRO, veio de família HUMILDE e hoje é MINISTROD O STF.
    Pois é, na época dele não tinha cota!!
    Sou contra esse sistema mediocre que tira o foco realmente deficiente que é a péssima educação escolar de base, e tampa O Sol com a peneira fazendo com que a população ache isso justo...
    entendam uma coisa: no vestibular somos apenas NOMES a serem julgados pela banca...ninguem pega a folha com nome de fula ou ciclano e fic pensando "nossa será q é negro ou branco,pardo, amarelo???" pq ele n ta la pra isso, está lá para atribuir uma nota.
    Enquanto não oferecerem aos 'coitados' uma educação de base que preste, continuarão se sujeitando a programas de esmola pura como esse

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  10. É uma vergonha esse sistema de cotas racista, beneficia uns em detrimento de outros.
    Cotas por renda familiar eu concordo, mais agora eu sou branco, estudei em escola publica o ensino fundamental e médio, além de concorrer com quem teve uma educação melhor que a minha tenho que concorrer com as pessoas que fazem parte das cotas, isto é muito injusto, só porque nasci de família ariana sou discriminado agora.
    Quem defende as cotas por raça ao invés de defender cotas por renda familiar é a favor da discriminação, não consigo ver de outro modo.
    Fora que de certa forma quem teve a sorte de nascer em uma "boa" família acaba virando um azarado, pois perde chance de cursar as melhores faculdades.

    Ainda escuto dizerem que este país é uma democracia, sei! ¬¬

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  11. Até sou a favor de cotas...mas apenas as sociais.
    Se você estudou a vida inteira num ensino de bosta tem direito tem direito provar que não é culpa sua não atingir a nota esperada.
    Mas cotas raciais ....desde quando ter cotas raciais é uma vantagem pro negro na hora de achar emprego?
    Se ele vem com um currículo melhor que o do branco o empregador pensa 'ah, esse aqui só tem mais por causa das cotas, mas se tivesse nas mesmas condições poderia estar até pior que esse outro (branco)'.
    NÃO VALORIZA!!! Apenas é mais um motivo para escantear o negro no mercado de trabalho alegando que ele só ta com aquilo por causa de uma vantagem que o governo o deu.

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  12. Sou contra qualquer tipo de cota,sempre estudei em escolas publicas e mesmo assim passei em uma prova para cursar ensino médio com técnico num instituto federal,apenas estudando em casa, mesma coisa com a minha irmã ela faz engenharia e já tem curso técnico, se nos conseguimos passar nas provas qualquer um consegue ninguém precisa de cota para isso basta estudar,tenho um professor que também era pobre teve que estudar muito e mesmo assim conseguiu ele e professor de português e literatura sabe latim,grego,espanhol e Inglês sim e negro e contra sistema de cota como ele disse "se eu consegui aprender sair de uma pequena cidade e lecionar num instituto federal qualquer um consegue".Não diga que não teve oportunidade aposto que sua cidade tem biblioteca ou institutos ou faculdades que te deixam entrar para acessar os livros.
    ESTUDAR E A BASE DE TUDO.

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  13. É óbvio que nenhum negro vai protestar contra as cotas. Você protestaria contra algo que supostamente pode mudar completamente o seu futuro para melhor? Se sim, você realmente honra seus princípios. Essas cotas podem parecer a luz no fim do túnel para algumas pessoas, mas e depois? Essas pessoas que receberam um "empurrãozinho" para entrar na faculdade pública terão mais dificuldade para acompanhar o curso e mais chance de reprovar. E aí? Vão criar mais um "programa esmola" desta vez para o aluno conseguir sair da faculdade formado? Ou será que as faculdades terão que pegar mais leve com os alunos para evitar que quase metade deles sejam reprovados? Taí algo que quero ver em 4 anos.

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  14. em breve isso vai mudar terao que criar cotas para suprirem cotas, rs bem na verdade eu seria a favor de cotas se as mesmas favorececem à alunos de escolas publicas e nao a um grupo especifico hoje na cidade que moro temos varias faculdades a maioria e particular e a maioria de seus alunos saem de escolas publicas e fazem o maior sacrifico para poderem cursar uma faculdadeja alunos de escolas particulares em geral tem apis com dinheiro e ou conhecimento(no caso poder) com isso conseguem vagas . conheço casos de vagas garantidas em faculdades federais e estaduais apenas pelo fator dinheiro ou seja compradas isso nos idos de 90 porem como certas coisas nao mudam creio q ainda sejam feitas da mesma maneira, masnao podemos esquecer que passando um melzinho na boca da maioria nosso governo consegue esconder facilmente as coisas que acontecem no fechar das cortinas no planalto central.

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